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20.05.2022 | Por: administrador

A importância da mídia social na carreira da mulher no agro é tema de debate

A AgroBrasília realizou na manhã desta sexta-feira (20) o debate Mulheres do Agro, com abordagem sobre a importância da mídia social na carreira. O evento, realizado no auditório principal da Feira, trouxe especialistas para apresentarem técnicas e experiências sobre o uso destes canais a favor dos seus negócios. Segundo Wagner Rony, Ceo da Agência de Dados, que abriu as palestras do dia, as redes sociais são muito utilizadas pelas empreendedoras do campo, mas elas ainda não sabem utilizá-las a favor dos seus ideais e crenças. Entre outros assuntos, Wagner destacou o passo a passo da capacitação para um efetivo negócio digital. 

"Nossa proposta é fazer uma transformação prática para a pessoa sair do pleno zero até uma comunidade onde ela já pode pensar em como divulgar o negócio e, até mesmo, vender através da internet. E, esse espaço do agronegócio, que representa uma parcela significativa do PIB, ainda é muito pouco utilizado no meio digital, seja por uma questão de cultura e de descrença na ferramenta. E, é ainda mais evidente, no segmento das mulheres do agro. Apesar das mulheres terem uma facilidade maior de se comunicarem do que os homens, elas subestimam a capacidade que tem a internet. E, muitas vezes, talvez, não sabem nem como começarem. Nossa intenção é empoderar essas ferramentas e, a partir disso, dar voz a essa comunidade", explicou.

Na sequência, a engenheira agrônoma e pecuarista Ingrid Graziano debateu o tema "Como começar a usar a mídia sem criar risco para a sua produção agropecuária?". Ela iniciou sua explanação contando um pouco da sua trajetória, do seu trabalho com certificações agropecuárias. A pecuarista disse que nos últimos seis anos traçou um caminho de olhar boas práticas agrícolas, do lado de certificações de auditorias e do lado de certificador e, ao mesmo tempo, tem passado por um processo de sucessão da sua fazenda.

"Eu passei a vestir dois crachás. Então, aquilo que eu via antes, do ponto de vista, do que é a sustentabilidade, do que que são essas boas práticas, agora na verdade, é implementar no nosso sistema de produção. E isso é muito o que eu compartilho no meu Instagram. Mostrar que aquilo que a gente vai compartilhar é uma gestão de risco sobre o nosso negócio e uma gestão de risco sobre a imagem do agro como um todo. Então, aquilo que a gente vai compartilhar, a gente tem sempre que lembrar que deve estar muito entremeado com a mensagem que a gente quer entregar. Seja de sustentabilidade, de boas práticas, de responsabilidade, de respeito aos animais, à terra. Enfim, são nossos maiores bens como produtores", avaliou.

O evento ainda teve espaço para a discussão sobre os desafios do empreendedorismo no agro usando as redes sociais, ministrada por Juliana de Souza, diretora do Cerrado Rural e instrutora de agroindústria e gestão do Senar-DF. A palestrante trouxe experiências de seu trabalho com mulheres da área rural e como os serviços executados por elas são divulgados nas redes sociais. "A intenção é compartilhar os nossos desafios que é atrair público para conhecer os nossos produtos através das fotos e dos vídeos que nós divulgamos. É fazer com que as pessoas contratem a gente sem degustar, por exemplo, o nosso coffe break. Este é o desafio: levar a informação através das fotos e atrair o maior número possível de clientes. Para isso, temos que pensar no melhor ângulo, na divulgação diária e em parcerias. É um verdadeiro trabalho de formiguinha", disse.

Por fim, Liliane Queiroz, criadora da marca "Dama do Agro", falou sobre a sua experiência nas mídias sociais e respondeu ao questionamento: esse é um caminho sem volta ou não? "Não tem volta.  É um caminho que hoje só agrega valor ao nosso produto. É um caminho fácil da gente mostrar a realidade do trabalho que fazemos. E, cada vez mais, estamos conseguindo alcançar um público que a gente nem imaginava. Nossa história, nosso trabalho pode ser divulgado, agora, como nunca. Além disso, a rede social desmistifica muita coisa sobre a força da mulher guerreira no agronegócio, neste espaço que sempre foi muito preconceituoso", concluiu.

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